quarta-feira, janeiro 10, 2007

Informação essencial à vitória do Esclarecimento Público
(3ª Parte)
Quando não nos “atiram à cara” estas «teorias conspirativas», chegam ao cúmulo de se insultarem, involuntariamente, e a nos insultarem da forma mais reles, ao acusarem mulheres e homens de só pensarem no seu próprio prazer quando têm relações sexuais. Mas, não é, ainda perceptível, para estas “autoridades” na boa moral e costumes, que os Seres Humanos têm relações sexuais, na maior parte das vezes, para terem e para proporcionarem prazer! E, que embora se utilizem métodos contraceptivos (naturais ou artificiais) é sempre possível haver uma falha tal como aconteceu a 21% das mulheres que constituíram a amostra do estudo em causa, e que afirmaram já terem abortado, pelo menos uma vez ao longo da sua vida.

Considero que a grande maioria dos argumentos “defensores” do “não” são insultuosos, pois partem do princípio, que todos somos intrinsecamente “maldosos” ou providos de “má-fé”, chegando ao detalhe de imaginarem cenários, em que mulheres se alinham em longas filas à porta dos hospitais para abortarem a “torto e a direito” como se sentissem algum tipo de prazer. Isto, quando não deturpam o que será feito nos hospitais em caso de aprovação da lei proposta, ao darem a “entender” que os abortos serão feitos “em massa” e à “papo-seco”. No entanto, os próprios resultados da sondagem encomendada pela Plataforma “Não Obrigada” são úteis para percebemos que este “desvario” total das mulheres não passa de um exercício da mais alta perversão. Senão, não teriam chegado à conclusão que, provavelmente 23,7% das mulheres é que poderiam considerar[i] abortar quando confrontadas com uma gravidez indesejada.

[i] Não tem em conta o enviesamento criado pelo encadeamento das questões, nem com a percentagem de homens, que é desconhecida, participantes da sondagem.