sexta-feira, janeiro 27, 2006

Ai que medo... tenham medo... eles estão activos... eles andam aí...
Uma das instituições que defende «a moral e os bons costumes» (interrogo-me acerca da natureza desta moral e destes bons costumes) entregou a petição, contra o envolvimento da APF na Educação Sexual escolar pública, na Assembleia da República e foram convocados para uma Audição (devem ter ficado tão satisfeitos... até já estou a imaginar o sorriso nos lábios quando receberam a convocatória) com a Comissão Parlamentar da Educação, Ciência e Cultura, no passado dia 3 de Janeiro (tal e qual como anunciam no seu comunicado à Nação).
Neste comunicado à Nação, o MOVE (sim, eles e elas estão organizados e têm nome) pratica um onanismo frenético em relação ao seu trabalho (mais destruidor do que propriamente construtivo).
Vale a pena assinalar alguns pontos deste comunicado (uns mais factuais do que outros):
1º “A petição foi largamente elogiada pela dimensão que apresentou”. Só mesmo, no que toca à dimensão quantitativa, porque o conteúdo só destrói e não tem qualquer fundo de verdade (o que é grave). O que é grave, para estas inteligências superiores são as ilustrações de nús (animais incluído).
2º Gostaria de conhecer as tais ideias principais que o MOVE tem acerca da Educação Sexual nas escolas portuguesas, pois estas, de certeza não se assumem como construtivas, tendo em conta, o último ponto do comunicado, o qual apela à revogação da presente lei que rege a educação sexual em meio escolar.
3º O modelo de educação sexual proposto pela APF caracteriza-se por respeitar, de facto, a pluralidade de valores e princípios de todas as famílias portuguesas. Ao contrário, de um hipotético, ou pior ainda, inexistente modelo que se deveria assumir como cientifico e não como um meio para transmitir valores de uma qualquer ideologia política ou religiosa.
4º O MOVE parece não reconhecer o carácter holístico da sexualidade humana, se assim não fosse, não consideraria inaceitável a aplicação da transversalidade a qualquer modelo de Educação Sexual.
5º Tenho a clara impressão que a única documentação que o MOVE detém, consiste em recortes de notícias (falsas) de jornais e de ilustrações de nús (que devem guardar a sete chaves para não se traumatizarem).
6º O próprio comunicado é revelador do acolhimento que tiveram, por parte da Comissão Parlamentar da Educação, Ciência e Cultura, pois afirmam que “encontraram, por parte de alguns membros da Comissão, consonância com as ideias do MOVE.”

Especulando acerca da ou das próximas lutas do MOVE...

Será que, depois do apelo aos Senhores Deputados para que iniciem o processo legislativo que permita a revogação da actual lei da Educação Sexual virá o apelo para a revogação da actual lei sobre a IVG em Portugal? Para que se torne impossível (em qualquer situação) o acesso legal à IVG por parte de qualquer mulher.

Mais tarde, quem sabe, poderá ser possível considerar novamente a homossexualidade uma doença. Já agora, porque não tornar Portugal numa teocracia? Será que já estou a especular demais?

Lição a aprender com o MOVE:

1ª O MOVE é constituído por pessoas muito activas e que envolveram outras pessoas para que assinassem a petição (o número de assinaturas é surpreendente). Porque é que nós não conseguimos envolver um tão elevado número de pessoas em prol da defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos? (Pronto... não temos uma rede de embaixadas de um determinado Estado a trabalhar connosco, mesmo assim, não serve de desculpa).

2ª As pessoas assinam qualquer coisa, mesmo que os factos estejam falseados, o que é preocupante.

3ª O MOVE e outras organizações semelhantes conseguem esconder a sua falta de cientificidade por detrás de argumentos baseados no «politicamente correcto» e até conseguiram influenciar alguns psiquiatras versados em «best-sellers».

Eles são bons... mas nós poderíamos ser muito melhores...

3 Comments:

Blogger mega said...

Já há muito tempo que essa organização está envolvida em questões sobre Educação Sexual. Nomeadamente, no governo de Santana Lopes + Paulo Portas, esta havia assinado um protocolo com o Ministério da Educação que visava a elaboração de um documento para ser aplicado nesta disciplina.
Entre outras pérolas, encontrava-se a ideia de que o único método contraceptivo seria a abstinência associada ao conceito de actividade sexual apenas e só após o matrimonio. Isto claro aplicado a jovens adolescentes, que todos nós sabemos não são nada sexualmente activos.

12:31 da tarde  
Blogger cris said...

q gente idiota esta. parece q se multiplicam.
por curiosidade, fui espreitar a lista de assinantes à petição. e note-se q nada me move contra os nomes compridos. mas tem 1 piadão ver a lista - eu nunca tinha visto tanto nome pomposo numa petição online. alguém se importa de tirar 1 ou 2 conclusões?
está em: http://peticao.stop.to/

4:15 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

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4:25 da manhã  

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