terça-feira, setembro 26, 2006

Em casa com pouco pão, todos brigam e ninguém tem razão
Parece-me, e não tenho a certeza (quando os perceber, acho que sou digno de um doutoramento em política teológica), que alguns não se importam com a realização do referendo. Outros há, que até não se importariam, logo que a questão a colocar fosse algo do género “discordam com a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) até às dez semanas? (se responder “não” vai para o Inferno, se responder “sim” garante entrada no reino dos Céus)”. E, ainda, se podem encontrar alguns que desconhecem razões para a realização de um referendo sobre tal “secundária” matéria. Estes, são mais do género: “Pra quê? Se podemos todos ir a Espanha”

sexta-feira, setembro 22, 2006

Trujillo vs S. Agostinho (Retalhos da História VI)

Sabiam que...

Ao quer parece, Até para Tertuliano e S. Agostinho haviam limites para a condenação da prática de aborto voluntário. Ora vejam:


"...enquanto o sangue da mãe continua a ser aquilo que forma o ser humano». Por isso, o aborto justificar-se-ia enquanto meio necessário para salvar a vida da mãe.


Leyser. K. J. Rule and Conflict in Early Medieval Society: Ottonian Saxony. Edward Arnold Londre, 1979, p.55

quinta-feira, setembro 21, 2006

Não és uma criminosa. És uma pervertida !!! (Retalhos da História - Parte V)

Para S. Agostinho, a mulher que abortava não era assassina, mas antes, uma pervertida. Confusos? Então, fiquem ainda mais confusos com esta afirmação proferida por S. Agostinho:

"Como não é ainda possível falar de uma alma e viver num corpo destituído de sensações se semelhante espécie não estiver formada na carne, ela não é, por conseguinte, dotada de sensação."

Pierre Toulert, «Le moment carolingien», in Burguère et al., Histoire de la Familie, vol.1, p.340

domingo, setembro 17, 2006

De quem é o casamento? (Retalhos da História IV)

O casamento não é, de facto, de origem religiosa. Pois, o matrimónio só se tornou um sacramento na Idade Média. Por isso, no designado “Mundo Antigo” não existiram casamentos cristãos, mas antes, casamentos de cristãos.

Hum… penso que encontrei a origem da justificação para a liberdade do casamento por parte dos católicos de “linha dura”, os quais afirmam que os homossexuais podem, de facto casar livremente, logo que o façam com pessoas do sexo oposto.

Mas, que "teoria da conspiração".

Dois pesos e duas medidas (Retalhos da História III)

Para S. Agostinho, o uso de contraceptivos, por parte de uma esposa, seria mais grave do que por parte de uma prostituta.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Retalho da História. Parte II (concepção e contracepção)


O Papa Calisto foi acusado de permitir às mulheres a prática de relações sexuais com os escravos destas, logo que tomassem medidas para impedir as concepções.

O que diria Bento XVI?

sexta-feira, setembro 01, 2006

Retalhos da História. Parte I

Santo Agostinho, o “Rei da Ética e dos bons costumes”, afirmava que um embrião «adquiria alma» no segundo mês e «sexo» no quarto.

Dá que pensar. Não dá?